Nesta semana resolvi retratar quatro mulheres que figuram na primeira metade dos Arcanos Maiores do Tarô. É a minha homenagem a todas as mulheres, pois essas figuras arquetípicas do Tarô fazem parte do nosso objeto interno. Muito bem, toda mulher tem um momento em que ela fixa muito bem os pés no chão. Racional, ponderando muito, calculando o custo-benefício, vantagens e desvantagens, é preciso pensar com frieza, despida de emoções, momento de responsabilidade e assertividade. Essa mulher que fala por nós, visão abrangente, racionalidade, é a JUSTIÇA, a lâmina 8 do Tarô, lembrando que o número 8 é o número da justiça, da ética e da razão. É bom saber da multiplicidade que há no nosso Universo particular. Já falamos dos atributos intuitivos da Papisa, do poder de criação e expansão da Imperatriz e agora da capacidade de racionalizar, de ponderar, que nos proporciona a Justiça. E o que dizermos daquelas situações em que “a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo” garantem um desfecho triunfante a qualquer representante do dito “sexo frágil”? Sim, apenas uma fragilidade sugestiva, porque toda mulher é também A FORÇA, o resumo bem sucedido da serenidade combinada com a astúcia, a sagacidade, a capacidade de exercer o poder mental. A mulher que com semblante calmo domina o feroz leão – não perder as estribeiras e usar a sua inteligência, a sua enorme força interior para ter o domínio da situação em questão. Achei muito interessante a observação do estudioso Constantino K. Riemma,: “um exercício curioso de adição e redução mística permite relacionar as quatro figuras femininas da primeira parte do Tarô. Com efeito: 3 (Imperatriz) + 8 (Justiça) = 11 (Força), que se reduz a: 11 = 1 + 1 = 2 (Sacerdotisa).” Os números, ai os números!