COMO ATIRAR VACAS
NO PRECIPÍCIO!
(Gosto de contar
essa parábola para meus alunos, consulentes, porque tudo aquilo que “rola
montanha abaixo”,pode ser o indicativo de um grande crescimento pessoal.)

” Um filósofo
passeava por uma floresta com um discípulo, conversando sobre a importância dos
encontros inesperados. De acordo com o mestre, tudo que está diante de nós nos
oferece uma chance de aprender ou de ensinar.

Quando cruzavam a
porteira de um sítio que, embora muito bem localizado, tinha uma aparência
miserável, o discípulo comentou: -O senhor tem razão. Veja este lugar…acabo
de aprender que muita gente está no paraíso, mas não se dá conta disso e
continua a viver em condições miseráveis.

– Eu disse aprender
e ensinar – retrucou o mestre. – Constatar o que acontece não basta; é preciso
verificar as causas, pois só entendemos o mundo quando entendemos as causas.
Bateram à porta da
casa e foram recebidos pelos moradores: um casal, três filhos, todos com as
roupas sujas e rasgadas.
– O senhor está no
meio desta floresta, não há nenhum comércio nas redondezas – observou o mestre
ao pai da família. – Como sobrevivem aqui?
e o homem
calmamente, respondeu:

– Meu amigo, nós
temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Parte desse
produto nós vendemos ou trocamos, na cidade vizinha, por outros gêneros de
alimentos. Com a outra parte, produzimos queijo, coalhada e manteiga para o
nosso consumo. E assim vamos sobrevivendo.

O filósofo
agradeceu a informação, contemplou o lugar por um momento e foi embora. No meio
do caminho, disse ao discípulo:

– Pegue a vaquinha
daquele homem, leve- a ao precipício ali adiante e jogue- a lá embaixo.
– Mas ela é a única
forma de sustento da família! – espantou-se o discípulo.

O filósofo
permaneceu calado. Sem alternativa, o rapaz fez o que lhe pedira o mestre, e a
vaca morreu na queda. A cena ficou gravada em sua memória.

Muitos anos depois,
já um empresário bem sucedido, o ex-discípulo resolveu voltar ao mesmo lugar,
contar tudo à família, pedir perdão e ajudá- los financeiramente.
ao chegar lá, para
sua surpresa, encontrou o local transformado num belíssimo sítio, com árvores
floridas, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou
desesperado, imaginando que a humilde família tivesse precisado vender o sítio
para sobreviver. Apertou o passo e foi recebido por um caseiro muito simpático.

– Para onde foi a
família que vivia aqui há dez anos? – perguntou.
– continuam donos
do sítio – foi a resposta.

Espantado, ele
entrou correndo na casa, e o senhor logo o reconheceu. Perguntou como estava o
filósofo, mas o rapaz nem respondeu, pois se achava por demais ansioso para
saber como o homem conseguira melhorar tanto o sítio e ficar tão bem de vida.

– Bem, nós tínhamos
uma vaca, mas ela caiu no precipício e morreu – disse o senhor. – Então, para
sustentar minha família, tive que plantar ervas e legumes. Como as plantas
demoravam a crescer, comecei a cortar madeira para vender. Ao fazer isso, tive
que replantar as árvores e precisei comprar mudas. Ao comprar mudas, lembrei-
me da roupa de meus filhos e pensei que talvez pudesse cultivar algodão. Passei
um ano difícil, mas quando a colheita chegou, 
eu já estava exportando legumes, algodão e ervas aromáticas. Nunca havia
me dado conta de todo o meu potencial aqui: ainda bem que aquela vaquinha
morreu! “

Pois é…reflita!
Qual é a “vaquinha” que você precisa jogar no precipício? Um emprego que não te
satisfaz mais? Uma ocupação profissional? Um relacionamento desgastado?
Pense e aja!!!